Florence
Nightingale nasceu no dia 12 de Maio de 1890, na cidade italiana de Florença,
onde a sua família de origem inglesa e bem situada financeira e socialmente,
residia temporariamente;
Ø
O
seu nome foi inspirado na sua cidade natal – Florença (Florence)
Ø
Florence
sempre se mostrou uma criança com bastante aptidão para a aprendizagem (diziam
mesmo que ela tinha uma habilidade natural para o estudo). (sempre se mostrou
preocupada com os pobres, com os doentes….era uma pessoa bastante altruísta)
Ø
Inicialmente,
a educação dela (dela e da irmã) ficou a cargo de professoras particulares, mas
posteriormente esta tarefa foi tomada pelo pai (que tinha sido formado em
Cambridge)
Ø
Florence
teve contacto (sob orientação do pai) com Estudos Clássicos, Euclides,
Aristóteles (portanto teve contacto com a filosofia, a história), a Bíblia,
assuntos políticos e aprendeu variadas línguas (grego, latim, francês, alemão e
italiano)
Ø
Mostrava
grande paixão e aptidão para a matemática, especialmente estatística (que como
vamos ver vai ter grande importância para o desenvolvimento do seu trabalho;
foi pioneira na utilização de gráficos, sistematizando assim dados de forma
clara para que todos pudessem compreender; ela considerava a estatística
essencial para entender qualquer problema social e procurou também introduzir o
estudo da estatística na educação superior)
Ø
CURIOSIDADE
em 1840, Florence implora aos pais para que a deixem estudar matemática, em vez
de aprender a fazer as tarefas domésticas…Inicialmente, os pais discordaram,
mas mais tarde os pais concordaram e Florence começa a ter aulas com um
professor de nome Sylvester (professor bastante conceituado na altura),
chegando mesmo a ser considerada a melhor aluna que este alguma vez tivera
Ø
A
religião era sem dúvida importante na sua vida. (embora os pais fossem da
religião Unitária, a sua mãe achou preferível que as suas filhas crescessem
como membros da igreja inglesa). Assim, a 7 de Fevereiro de 1837, acredita ter
ouvido o chamamento de Deus (enquanto caminhava no jardim em Embley), em que
este lhe pedia para continuar o Seu trabalho, embora nesta altura não tenha
entendido o que significada aquele apelo.
Ø
Sempre
se interessou por problemas sociais. Florence Nightingale acompanhava a mãe nas
visitas aos aldeões doentes que trabalhavam nas grandes propriedades da
família, impressionando-a muitas vezes o facto de os remédios serem tão
ineficazes, a falta de recursos para o tratamento e a escassez de hospitais e
meios de assistência aos mais pobres.
Ø
Cuidava
dos amigos e familiares doentes, mas desejava ganhar experiência num hospital,
algo que a família rejeitou. (visto que a profissão de enfermagem na altura era
conectada a pessoas vulgares, sem formação, dadas a promiscuidade e até mesmo
alcoólicas. Os pais consideravam que não era uma profissão para uma menina bem
educada!)
Ø
1850
– Inicia a sua formação como enfermeira do Instituto São Vicente de Paula em
Alexandria (Egipto). Mais tarde, visita os hospitais Pastor Theodor Flidner
(personalidade em que ela se inspira) em Kaiserwerth (Alemanha), onde mais
tarde volta para fazer mais uma formação de três meses no Instituto para
Diaconisas Protestantes.
Ø
Daí,
segue para o Hospital St. Germain, perto de Paris, que era dirigido pelas Irmãs
Piedade (será importante notar que nesta fase Florence andava a estudar
diferentes sistemas hospitalares, aproveitando a altura em que fazia uma viagem
com amigos da família pelo Egipto e Europa)
Ø
1853
– Retorna a Londres, onde aceita o cargo, não remunerado, de Superintendente no
“Estabelecimento para Senhoras Enfermas” (que seria, um hospital para cuidar
somente de mulheres)
Ø
Em
Março de 1854, inicia-se a guerra da Criméia, onde foi nomeada Superintendente
do Estabelecimento de Mulheres Enfermeiras dos Hospitais Gerais Ingleses na
Turquia.
Ø
Florence
teve aqui um papel importante no cuidado aos soldados feridos. Estes viam-na
como um anjo da guarda, e aqui foi imortalizada como “Dama de Lâmpada”, visto
que durante a noite percorria as enfermarias, atendendo os doentes. (assim, o seu trabalho ao nível de
assistência a soldados e de organização de infra-estruturas hospitalares
tornou-a conhecida em toda a frente de batalha.)
Ø
Os
serviços hospitalares foram bastante criticados na altura, em termos de
higiene, e Florence viu-se então numa posição em que teria de agir contra tal
facto.
Ø
Com
os seus cálculos estatísticos, Florence concluiu que era mais provável os
soldados feridos morrerem de uma doença hospitalar do que propriamente no campo
de batalha. (nesta época, abundavam ratos e insectos nos hospitais, não
esquecendo também os cuidados de extremamente precários.)
Ø
Quando
retorna a Londres, (quatro meses depois da assinatura do tratado de paz),
conclui que a necessidade de uma reforma das condições sanitárias estendia-se a
todos os hospitais (especialmente os militares!) (com a divulgação do caso
ganhou a atenção da rainha Vitória e do príncipe Albert, bem como do primeiro
ministro Lord Palmerston)
Ø
Ambicionava
uma investigação formal acerca deste tema, pedido este que foi atendido em 1857
e levou à elaboração da Comissão Real sobre a Saúde nas Forças Armadas.
Ø
1858
– devido às suas contribuições para as Forças Armadas e para a estatística
hospitalar, Florence tornou-se a primeira mulher a ser eleita membro da
Sociedade de Estatística Real.
Ø
1860
– Funda a Escola de Treino de Enfermeiras Nightingale e a Casa das Enfermeiras,
baseadas no Hospital de St. Thomas em Londres, que tiveram início com 10
estudantes.
Ø
Princípios
em que estas instituições foram baseadas:
- As
enfermeiras deveriam ter formação prática em hospitais organizados para este
fim;
- As
enfermeiras deveriam viver numa casa baseada em princípios morais e de
disciplina.
Ø
Florence
prestou também serviços de assessoria sobre cuidados médicos para as Forças
Armadas no Canadá. Foi também consultora do governo americano sobre a saúde
militar durante a Guerra Civil Americana.
Ø
1883
– A rainha Vitória condecorou-a com a Cruz Vermelha Real pelo seu trabalho
nobre.
Ø
Em
1901, ficou completamente cega, mas mesmo assim continuou a exercer as suas actividades.
Só mais tarde, é que passou a estar acamada devido ao tifo (doença que contraiu
na Criméia e que a impossibilitou então de exercer enquanto enfermeira, mas
sempre fazendo campanhas para melhorar os padrões de saúde).
Ø
Publicou
cerca de 200 livros, relatórios e panfletos. Um deles foi intitulado “Notas
sobre Enfermagem” (1860), dirigido especificamente para a utilização no ensino
de enfermagem e que foi traduzido para diversas línguas. (outras publicações:
“Notas sobre Hospitais”, “Notas sobre enfermagem para as classes trabalhadoras”
entre outras.)
Ø
Florence
Nightingale faleceu a 13 de Agosto de 1910 (90 anos de idade), na Igreja de St.
Margaret, perto do parque Embley (onde recebeu o chamamento de Deus)
Ø
Florence
nunca se casou, embora não tenha sido por falta de oportunidades. Acreditava
que Deus tinha claramente sinalizado que ela seria uma mulher solteira.
Ø
O
monumento Criméia, erguido em 1915, em Waterloo, Londres, foi executado em
homenagem à contribuição que Florence fez pela saúde dos soldados.
CONTRIBUTO DE FLORENCE PARA A ENFERMAGEM:
Ø
Veio
promover as condições de higiene como fundamentais na prevenção e tratamento de
doenças (na altura, as suas reformas reduziram a taxa de mortalidade no
hospital militar onde estava a prestar cuidados de 42,7 % para 2,2%);
Ø
Com
as suas escolas conseguiu que a enfermagem ultrapassa-se o seu passado
desprestigiado, passando assim para uma carreira séria, de grande
responsabilidade e respeitável para mulheres;
Ø
Vem
também separar um pouco a ideia de que só pessoas com vocação religiosa
poderiam prestar cuidados;
ESCOLAS NIGHTINGALE:
Ø
As
suas escolas tinham como filosofia 4 ideias chave:
- “O
dinheiro público deveria manter a formação de enfermeiras e este deveria ser
tão importante como qualquer outra forma de ensino;
-
Deveria existir uma estreita associação entre hospitais e escolas de formação, sem
que estas instituições dependessem financeiramente e administrativamente;
- O
ensino de enfermagem deveria ser feito por profissionais, e não por qualquer
pessoa não envolvida com cuidados de saúde;
-
Deveria ser oferecida às estudantes, durante todo o período de formação,
residência com ambiente confortável e agradável, próximo do local onde seria
lecionada a formação”
Ø
Inicialmente
o curso era de 1 ano, passando depois para 2 anos.
Ø
As
disciplinas eram leccionadas por médicos e mais tarde por enfermeiros com
formação;
Ø
Florence
exigia que as enfermeiras acompanhassem os médicos nas suas visitas aos
pacientes “para prevenir erros, directivas mal compreendidas e instruções
esquecidas ou ignoradas;
Ø
Desde
1872, Florence Nightingale deu especial atenção à organização da escola e,
quase anualmente, durante os seguintes trinta anos, escrevia uma carta às
enfermeiras e principiantes, dando conselhos e encorajando-as a desempenharem
as suas funções da melhor forma; (ela tinha uma relação excelente com as suas
estudantes, oferecia-lhes muitas vezes livros e tomava chá com elas)
É também importante dizer que a primeira escola de Florence
foi financiada em grande parte pelos seus próprios recursos económicos.
Obviamente que foi devido à luta constante de Florence que a enfermagem é tal
como a vimos actualmente, mas não se pode deixar de dizer que o seu estatuto
socioeconómico e a sua família de prestígio tiveram influência nos seus grandes
feitos.
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