quinta-feira, 11 de julho de 2019

Decidimos engravidar, e agora?

(Colaboração com a revista Crescer)

Tornamos-nos pais muito antes do bebé nascer. Tudo começa com a intenção de conceber. E, se para alguns casais é fácil, para outros pode ser uma verdadeira tarefa Herculana. 
Cada casal é diferente, e a gravidez em si também o é. Depende de fatores biológicos e especificidades genéticas de cada um.
É importante esclarecer que o primeiro passo deverá ser consultar um profissional de saúde qualificado para o efeito, que irá acompanhar o casal durante todo o processo.
Abaixo enumeramos alguns conselhos e dicas para quem está a tentar conceber.
(A mulher deverá iniciar um suplemento de ácido fólico assim que decide engravidar, uma vez que evita malformações a nível da espinha bífida do bebé).

Check-Up médico: Antes de engravidar é importante perceber como está a saúde física do casal, principalmente da mulher, cujo corpo servirá de “abrigo” ao novo ser.. Deverá ainda fazer um check-up dentário, pois alguns procedimentos deverão ser evitados durante a gravidez. 


Compreender o ciclo menstrual: Atualmente é fácil mantermos-nos a par devido às inúmeras aplicações que acompanham o ciclo menstrual da mulher. É importante ter em consideração que, se estava a tomar a pílula ou tinha algum dispositivo anticoncepcional hormonal, o corpo poderá precisar de algum tempo para regular novamente o ciclo. Passado esse período, deverá ser considerado o dia em que a mulher está a ovular, sabendo que estará fértil nos três dias que antecedem e que sucedem esse dia. A melhor altura para engravidar será durante essa janela fértil de seis dias.  


Manter o corpo e a mente sãos: Muitos são os estudos científicos que mostram uma relação direta entre o estado emocional e o tempo que o casal demora a engravidar. O segredo está em apreciar o percurso e não ver a relação sexual como estritamente reprodutiva. A ansiedade e o stress podem ser bastante prejudiciais, diminuindo a probabilidade de engravidar ao afetar a produção hormonal na mulher. No que toca aos cuidados com o corpo, passa por manter uma alimentação saudável e variada, evitando o consumo de cafeína, álcool e tabaco. Estes cuidados aplicam-se a ambos os elementos do casal, já que irão ter uma influência positiva tanto na contagem e velocidade dos espermatozóides, como no sucesso da fecundação. O homem deverá ainda evitar ambientes como saunas, banhos turcos e duches muito quentes, estar com o portátil ao colo e andar muito de bicicleta, pois irão diminuir a contagem de espermatozóides ao sobreaquecer os testículos.


Permanecer deitada após a relação sexual: Recentemente foi desenvolvido um estudo holandês que provou a importância de permanecer deitada após o sexo, ao constatar que aumentaria a probabilidade de engravidar em 50%. Basta permanecer de barriga para cima, ou de lado, por um período não inferior a 15 minutos.


A conceção espontânea é mais frequente nos primeiros seis meses de tentativas, sendo perfeitamente aceitável um período de até um ano. É importante perceber que a fertilidade decresce, na mulher, ao longo do tempo. Se tem entre 35 e 40 anos deverá procurar ajuda de um especialista em fertilidade se não conseguir engravidar no prazo de seis meses. Se tiver mais de 40 anos, o acompanhamento deverá começar até um ano antes da intenção de conceber. 

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Anemia na gravidez: Importância vital do ferro

Uma gravidez saudável começa com a adoção de hábitos de vida saudáveis no período preconcecional.
As carências nutricionais na mulher vão sendo cada vez mais acentuadas com o decorrer da gravidez, até ao ponto em que poderão ser prejudiciais para si ou para o bebé. Torna-se, assim, imprescindível manter o equilíbrio nutricional durante todo o processo, pré e pós parto.
O ferro é um macronutriente importante, tendo como principal função a formação de hemoglobina no sangue, responsável por irrigar os tecidos com o oxigénio necessário ao seu normal funcionamento.
Na gravidez existe um maior consumo de ferro por parte do organismo, mobilizado para o desenvolvimento adequado dos novos tecidos que contemplam a placenta e o feto. A grávida torna-se vulnerável a desenvolver uma carência de ferro que, não sendo reposto nas quantidades adequadas, poderá culminar em quadros de anemia gravítica.    
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o valor de referência de hemoglobina para uma grávida é 11g/dL. Tudo que seja abaixo deste valor é considerado anemia, que ocorre por falta de reposição do ferro.
Os sinais e sintomas variam muito de pessoa para pessoa, dependendo também de fatores como o grau ou a forma como evolui, podendo ser gradual ou rápida. Manifesta-se essencialmente pelo cansaço fácil e diminuição da tolerância para a atividade física. Fadiga, irritabilidade e cefaléias são outros sintomas comuns em grávidas anémicas ou borderline (no limiar entre a carência de ferro acentuada e a anemia diagnosticada).
A prevenção e tratamento do défice de ferro passa por intervenções a nível alimentar, com o aumento na ingestão de alimentos ricos em ferro. Igualmente importante é a suplementação diária de ferro, seja isolado ou associado ao ácido fólico. Estudos recentes provam a importância da sua toma desde o ínicio da gravidez, e em todas as grávidas, não somente nas susceptíveis de desenvolver quadros anêmicos.
Estas são recomendações que devem ser seguidas antes, durante e após a gravidez, uma vez que a anemia não tratada acarreta complicações obstétricas, nomeadamente na dinâmica do trabalho de parto, levando a restrições de crescimento no feto e culminando com repercussões a nível cognitivo do bebé, a longo prazo.
Os alimentos que contêm o ferro na sua forma mais biodisponível são a carne e o peixe, sendo aconselhada a sua ingestão em todas as grandes refeições (almoço e jantar). Outros alimentos ricos neste macronutriente são os ovos, lentilhas, legumes de folha verde escura (espinafre, brócolos), entre muitas outras opções. É ainda necessário ter em conta que a absorção do ferro por parte do organismo será tanto maior quanto mais equilibrado for com a ingestão de alimentos ricos em vitamina C.

Em suma, a grávida necessita de adotar uma dieta saudável e equilibrada que lhe garanta a ingestão suficiente não só de ferro como de todos os outros nutrientes, já que são interdependentes na garantia de uma gestação sem complicações.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Colaboração Raio X

Hoje recebi a excelente noticia de que tinha sido publicado um artigo meu na revista Raio X. Trata-se exactamente do artigo que publiquei há dias, acerca da interdependência que me parece existir,cada vez mais, entre a tecnologia e os adolescentes.


Deixo-vos o link e peço-vos que sigam esta revista online, que de tudo faz para publicar artigos de qualidade, que façam chegar a saúde ao cidadão e ao profissional.
Tiro-lhes o chapéu.

Desejo apenas que isto seja o início de uma bonita colaboração, com ganhos para ambas as partes.

http://raiox.pt/a-tecnologia-e-os-adolescentes/